Vivemos todos no presente? Não, sabemos. O presente não é onipresente. Por mais que o presente esteja a nosso redor, cobrando nossa atenção e fruição, nossa cabeça está entulhada de pensamentos, ora nostálgicos, ora tristes. Alegrias saudosas, remorsos ou perdas incrustados.
Quando não é o passado a nos alugar, é o futuro a nos convocar.
Desde os gregos fomos avisados que passado e futuro são males que nos desfocam da vida.
O pé no passado, sujo de lama de ressentimentos, arrependimentos, culpas, vergonhas etc. – “paixões tristes” no dizer de Espinosa – debilitam nossa capacidade de respirar o ar presente. Da mesma forma, a recordação perene de momentos felizes nos carrega de nostalgia e nos ilude a pensarmos que “o bom é o que foi”.
O futuro nos aparece, muitas das vezes, como uma quimera, a esperança, detonada pelos estoicos.
O estoicos diziam que a esperança só pode conduzir-nos à…
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